“Vimos o que aconteceu com as pessoas de idade nalgumas partes do Mundo por causa do coronavírus. Não deviam morrer assim. Na realidade, porém, tinha já acontecido algo semelhante devido às ondas de calor e noutras circunstâncias: cruelmente descartados”.
Na encíclica ‘Fratelli Tutti’ (Todos irmãos), a terceira do Papa Francisco, assinada em Assis e divulgada no passado domingo, 4 de outubro, no Vaticano, o líder da Igreja diz que a pandemia veio pôr a nu a fragilidade da Humanidade, condenando o elevado número de idosos mortos e falando em vidas “cruelmente” descartadas.
No texto, em cuja apresentação participou o padre português António Ferreira da Costa, são condenados os “sistemas corruptos que impedem o desenvolvimento digno dos povos”, o ressurgimento de populismos, racismo e discursos de ódio e a pena de morte.
Denunciando o “globalismo” do mercado de capitais, que responsabiliza pelo aumento de desigualdades e injustiças sociais, o Papa alerta para a necessidade de ser superado o “dogma de fé neoliberal”. E voltando à Covid-19, o Papa lembra que a “fragilidade dos sistemas perante a pandemia evidenciou que nem tudo se resolve com a liberdade de mercado”.
E lança este apelo: “Com o dinheiro usado em armas, constituamos um fundo mundial, para acabar de vez com a fome”.
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