Em Portugal, cerca de 30% dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) não tem fisioterapeutas, sendo as regiões de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Norte as que apresentam os valores mais baixos do país, com a Região Norte a não atingir o valor médio de um fisioterapeuta para cada 100 mil habitantes.
Os dados são avançados hoje, 8 de setembro, pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFisio), no dia em que se assinala o Dia Mundial da Fisioterapia, com um alerta para a necessidade urgente de um forte investimento em recursos humanos de fisioterapia nos cuidados de saúde primários (CSP).
O presidente da APFisio, Adérito Seixas, sublinha que a insuficiência do número de profissionais afetos ao serviço público não se verifica exclusivamente nos CSP. “De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), existem apenas 906 fisioterapeutas nos hospitais públicos. No global, considerando os hospitais públicos e a rede de CSP, o número de fisioterapeutas no sistema de saúde público é pouco superior a mil. Vemos estes números com muita apreensão. É uma situação muito grave e que requer correção urgente”, reforça Adérito Seixas.
De acordo com o responsável, outro problema que carece de atenção imediata prende-se com a acessibilidade do cidadão aos cuidados de Fisioterapia. “O Estado investe na formação de elevada qualidade dos fisioterapeutas, mas ao mesmo tempo apresenta grande inércia na criação de condições que garantam o acesso do cidadão aos cuidados destes profissionais”, alerta Adérito Seixas, sublinhando que “esta é a realidade, tanto nos CSP como nos cuidados hospitalares”.
Em comunicado enviado ao Jornal Médico, a APFisio recorda que apesar de em Portugal a esperança média de vida ter aumentado para um valor ligeiramente acima dos 81 anos, dados do EUROSTAT indicam que o número de anos vividos sem problemas de saúde moderados ou severos é de apenas 58,6 anos.
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