Especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS alertam para a necessidade de se aumentar o acesso de pessoas com doenças respiratórias crónicas a programas de reabilitação e telerreabilitação, foi hoje, dia 9 de julho, anunciado.
Em comunicado, a FMUP avança que, numa ‘Letter’ [carta] publicada na revista científica Pulmonology, o grupo de investigadores alerta para os efeitos da pandemia da Covid-19 nas pessoas com doenças respiratórias crónicas que necessitam de reabilitação.
Para Cristina Jácome, primeira autora da ‘Letter’, a situação, que “já era muito preocupante”, agravou-se “ainda mais com a Covid-19”, sobretudo devido “à interrupção dos programas” de reabilitação e ao aumento do número de doentes com problemas respiratórios.
Em Portugal, 0,5 a 2% das pessoas com doença respiratória crónica têm acesso a programas de reabilitação, assegura a FMUP.
Para a investigadora, uma das soluções para dar resposta a esta necessidade passa por continuar a implementar “sessões de reabilitação à distância”.
A Lusa contactou o Ministério da Saúde, mas até ao momento não obteve resposta.
No comunicado, a FMUP acrescenta ainda que, integrando o treino de exercício, educação e alterações comportamentais, os programas de reabilitação respiratória “melhoram os sintomas e têm resultados positivos nos domínios fisiológicos e psicossociais em pessoas” com doenças do foro respiratório, doença pulmonar obstrutiva crónica ou cancro do pulmão.
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