O BE defendeu hoje, dia 28 de maio, medidas para mitigar as causas socioeconómicas que deixam populações mais vulneráveis e que estão a influenciar o desenvolvimento da covid-19 em Portugal, atuando nos fatores de risco para conseguir conter e prevenir surtos.
No final da sétima reunião no Infarmed, que junta especialistas, políticos e parceiros sociais para analisar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, o deputado do BE Moisés Ferreira defendeu que se “as causas que estão identificadas são as socioeconómicas que tornam determinadas populações mais vulneráveis a estes surtos”, são precisas medidas para mitigar essas causas socioeconómicas.
Para “atuar nos fatores de risco”, o BE quer “garantir alojamento digno a quem neste momento não tem condições de habitação”, uma regulamentação adicional sobre as empresas de trabalho temporário que “não podem fazer transportes de trabalhadores sem qualquer tipo de condição” e ainda o combate à precariedade e a aposta no “salário digno” para assegurar que “estas pessoas têm rendimentos que permitam viver com condições”.
“Isto são as medidas que são essenciais tomar para conter surtos e para prevenir o aparecimento de novos surtos. São as medidas que é preciso tomar para mudar estes tais determinantes sociais e económicos que realmente estão a influenciar o desenvolvimento da epidemia em Portugal e agora na região de Lisboa e Vale do Tejo em particular”, sustentou.
Segundo Moisés Ferreira, foram nesta reunião transmitidos “outros dados que mostram que o impacto da crise não é igual em toda a população”.
“São os agregados com menos rendimentos que perderam mais rendimento durante estas semanas e aqueles que mais receiam perder rendimento durante o desenvolvimento da epidemia”, apontou, referindo que continuam a ser estas famílias a dizer que têm “muita dificuldade no acesso aos equipamentos de proteção individual porque são caros”.
Para o BE, é fundamental intervir nesta matéria e assim “garantir que as pessoas e os agregados familiares mais vulneráveis não ficam ainda mais vulneráveis”.
“E por isso é preciso assegurar, não só formas de garantir o seu rendimento, mas também o desenho de medidas sociais para que estes agregados não percam rendimentos e não fiquem mais expostos ao vírus e à crise sanitária”, defendeu.
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