Até agora, todos os idosos doentes com Covid-19 e sem necessidade de internamento eram tratados pelas equipas de saúde dos lares onde estavam internados — situação que chegou a fazer com que a União das Misericórdias Portuguesas e Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade pedissem a intervenção do Presidente da República, para que os utentes doentes pudessem ser retirados das suas estruturas, alegando falta de condições para assegurar os cuidados de saúde necessários.
Com a publicação, na passada sexta-feira, de um novo despacho, o Ministério da Saúde passou essa responsabilidade para a alçada dos agrupamentos de centros de saúde, em articulação com os hospitais da área de referência, e determinou, avança a edição deste domingo do Público, que os doentes em questão vão passar a ter acompanhamento diário por parte de médicos e enfermeiros.
Os funcionários dos lares, por seu turno, vão receber formação por parte desses mesmos profissionais, nomeadamente no que concerne às regras de utilização dos equipamentos de proteção individual, regras de higiene e etiqueta respiratória e procedimentos de higienização de espaços.
Em declarações à Rádio Observador, Lino Maia, presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social, considerou que este despacho vem “sem dúvida” dar resposta às reivindicações dos lares. “Sem dúvida, era necessário e urgente. Estamos mais tranquilos”, disse.
Fonte: https://observador.pt/