Tem-se assistido a surtos de Covid-19 em vários locais. Em Portugal, assim como noutros países, a questão dos lares é de extrema importância pela concentração de pessoas altamente vulneráveis à doença.
Foram tomadas inicialmente medidas de restrição das visitas, mas estas medidas, embora tenham diminuído e/ou atrasado o aparecimento de surtos de Covid-19 nos lares, não impediram o seu aparecimento.
Os lares devem ter um plano de contingência para estas situações, que terá de prever a articulação com as entidades da comunidade onde se encontram inseridos, como a Autoridade de Saúde, os prestadores de cuidados de saúde (Agrupamento de Centros de Saúde/Hospital), a Autarquia, a Proteção Civil, entre outros, para que sejam identificadas as melhores soluções.
A intervenção das diferentes entidades inclui, nomeadamente, a avaliação do risco e a determinação das medidas de prevenção e contenção, para reduzir a transmissão da Covid-19 nos residentes e funcionários.
A realização de testes é importante, porque permite identificar as pessoas infetadas e determinar o seu isolamento (dentro ou fora do próprio lar), mas não chega. Há uma série de outras medidas que têm de estar asseguradas.
É fundamental o treino dos profissionais
Os profissionais podem ser um foco ou um veículo de infeção. É importante reforçar a necessidade de não se apresentarem ao trabalho se estiverem doentes e promover a autoavaliação de temperatura e de sintomas respiratórios.
Com isto, os lares vão ter necessariamente uma redução dos seus efetivos, que deve ser acautelada e até estar prevista no seu plano de contingência. Nunca é demais reforçar a necessidade de aderir às medidas de prevenção e controlo de infeções, incluindo adequada higiene das mãos e correta utilização de máscara cirúrgica.
Implementação eficaz de medidas de prevenção e controlo de infeção
É necessário garantir que têm material para a higiene adequada das mãos – garantir a colocação de desinfetante em todas as salas (dentro e fora). Confirmar que os quartos de banho estão abastecidos de sabão e toalhas de papel para a lavagem regular das mãos.
Promover o cumprimento das regras de etiqueta respiratória e disponibilizar máscaras cirúrgicas. Os profissionais devem dispor do equipamento de proteção individual necessário nas áreas onde é prestado o cuidado aos residentes. A limpeza e desinfeção dos espaços devem ser reforçadas de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde.
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